DESTAQUES
- O Brasil dedicou uma menor parcela de seu orçamento público para a saúde (10,5%) do que a maioria dos países da OCDE em 2019, ficando bem abaixo da média de 15,3%.
- Projeta-se que os gastos em saúde no Brasil aumentarão para 12,6% do PIB em 2040 (comparado a 9,6% em 2019). Os gastos poderiam ser mais eficientes em áreas como atenção primária à saúde, cuidados hospitalares, produtos farmacêuticos, cuidados a longo prazo e gestão.
- Estima-se que 21.9% da população brasileira terá 65 anos ou mais em 2050, comparado a 8.9% em 2017. O Brasil precisa antecipar-se às necessidades futuras de cuidados longa duração de uma população que passa por um processo de envelhecimento.
- O Brasil deveria fazer um melhor uso dos dados em saúde e acompanhar a trajetória clínica dos pacientes para monitorar regularmente a qualidade e performance dos serviços de saúde.
- No Brasil, 90% dos gastos com produtos farmacêuticos são financiados por desembolsos diretos das famílias. O acesso insuficiente a medicamentos essenciais afeta de maneira desproporcional a população mais pobre e desfavorecida.
- Melhores estratégias de prevenção e saúde pública são urgentemente necessárias, em especial para lidar com o aumento do sobrepeso e uso abusivo de álcool nos últimos anos:
- O consumo excessivo episódico de álcool dentre os adultos quase triplicou em seis anos, indo de 5,9% em 2013 para 17,1% em 2019
- A taxa de sobrepeso aumentou em 12,5% entre 2006 e 2016, a quarta maior taxa de crescimento, apenas atrás da Costa Rica, Japão e Coréia
Despesas com saúde de fontes públicas como proporção dos gastos totais do governo, 2019 (ou último ano disponível

Nota: Gastos do governo incluem gastos com regimes governamentais e com a seguridade social.
Fonte: OECD (2021), OECD Reviews of Health Systems: Brazil 2021, OECD Reviews of Health Systems.
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